"Mas de verão, depois da quentura dos mormaços, começa o seu fadário.
A boitatá, toda enroscada, como uma bola – tatá, de fogo! – empeça a
correr o campo, coxilha abaixo, lomba acima, até que horas da noite!..."
(João Simões de Lopes Neto. Lendas do Sul)
(João Simões de Lopes Neto. Lendas do Sul)
Também chamada de batatão, boitatá, bitatá, batatá, baitatá, biatatá, Jean de
la foice ou Jean Delafosse. É grande a sinonímia da mboi-tatá no Brasil. Mboi,
cobra, ou então, o agente, a coisa; tatá, fogo. A cobra de fogo, a coisa
de fogo.
Segundo Luís da Câmara Cascudo é o primeiro mito a ser registrado no Brasil.
Foi o padre José de Anchieta quem o referiu pela primeira vez, na Carta de
São Vicente, datada de 31 de maio de 1560, como "um facho cintilante
correndo para ali; acomete rapidamente os índios e mata-os..."
Uma serpente de fogo, saltitante. Para muitos é uma alma penada. É mito que
ocorre em todas as regiões do Brasil e o correspondente ao fogo-fátuo europeu.
Alguns acreditam-na uma espécie de defensora das matas, outros, o resultado de
uma união sacrílega. Dizem que o viajante, ao encontrá-la, deve fechar os olhos
e permanecer parado, imóvel, então ela desaparecerá. Caso contrário, a mboitatá
o perseguirá, infernizando-o até matá-lo.
Fonte: http://www.jangadabrasil.com.br/revista/galeria/ca78005f.asp
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