sexta-feira, 19 de setembro de 2014

Produções textuais/ pontuação/Advérbio, numeral ou substantivo/ O estudo dos textos

                                             Amizade ou puro intrometimento

É incrível com as pessoas de hoje em dia não respeitam a privacidade e até mesmo a vida familiar uns dos outros. Não estou generalizando, embora a grande maioria da população tenha uma certa curiosidade pela vida alheia. Em alguns casos parece que essa curiosidade é incontrolável ao ponto de certa pessoa se intrometer na vida do outro. Quando falo desse assunto, as pessoas dizem que minto que falar que não sinto curiosidade pela vida alheia. Entretanto não sinto, pois nunca disse que não sinto isso. É claro que sinto, sou ser humano, porém diferente de muitos, me contenho.
Um exemplo desse, é que recentemente fiz uma viagem para Natal. Foi a viagem mais inusitada que já fiz, e talvez o mais esperado. Dias antes, já de férias, um colega me ligava todos os dias, umas três vezes. Os assuntos que conversávamos eram tão desnecessário que nem me lembro que se tratavam. O que me incomodava não era o assunto, muito menos as três vezes, mas sim os horários. Ele me ligava sempre às oito horas, quando normalmente eu ainda dormia, ao meio dia, quando eu estava almoçando e as vinte e três horas quando estava dormindo, logo, eu ficava contando os segundos para viajar. Pensando que ficaria livre daquele desagradável colega.
Um dia ates de sair de viagem contei ao tal colega que iria viajar para que ele não ligasse pra minha casa. Até hoje me pergunto porquê lhe contei. No dia seguinte eu e minha família pegamos o avião. Já em Natal, durante a noite, resolvemos sair para jantar. O restaurante era ótimo. Até que chegou um indivíduo que me deixou confusa e depois estarrecida, meu colega, que ao me ver veio até nossa mesa e me cumprimentou. Mas para meu desespero, logo ele pediu para que nossas famílias sentassem juntas. Na minha opinião, esta era a melhor oportunidade de fazê-lo perceber que seu intrometimento me desagradava, negando seu pedido. Mas é claro que eu não falaria nada. E mais que depressa estávamos sentados juntos e o meu colega já me enchia de perguntas, mal me deixando respondê-las.
O mais estonteante, é que nossa conversa não terminou ali. Nos dias seguintes ele sempre arrumava um jeito de me encontrar e mesmo tímida já havia tentado e tento colocar um basta na situação. Resumindo, posso até ter descansado o corpo nas férias, mas a mente e meus ouvidos voltaram destruídos.
Laura Marques Santos

Pontuação










































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