quinta-feira, 25 de setembro de 2014






































O telefonema

[...] Apesar disso tentou ser educada, mas era perceptível por seu tom de voz que não estava para conversa. “É da polícia”. Da policia?! Ela ficara em casa o sábado inteiro. Não matou, nunca roubou e nem foi testemunha de nada (pelo menos era o que ela achava).
Continuou com o ouvido colado no telefone, mas não dizia nada. Era com se tivesse se teletranspotado para dentro do livro que a entreteu a tarde toda pelo simples fato de que saber quem a incomodava. Quis saber logo do que se tratava:
_Olá?! Polícia?”- disse com outro tom de voz.
Desanimou-se. Deveria ter dito com mais autoridade, estava prestes a ajudar a polícia em algum crime (ou ser punido pelo mesmo) e respondia com um “Olá?!”. Havia passado uma péssima primeira impressão, mas vá lá...
O delegado explicou a situação. Ela havia presenciado um assassinato, e por mera coincidência, ou ironia do destino, a vítima morrera da mesma forma que a personagem do seu livro: intoxicada. Por esse motivo, sabia por onde começar uma investigação, e mesmo que a polícia não aceitava a interferência no processo, ela esta decidida a assumir o papel de “Sherlock Holmes” e descobrir quem dói o assassino e que os seus motivos.
Penso i em tudo que havia acontecido no dia do crime, quem teve contato com a vitima e qual alimento que acabou com sua vida, porém nunca foi boa de memória.
“Você vê, mas não observa”; “Os pequenos detalhes são os mais importantes”. Lembrou-se então, que antes de falar com a vitima ela estava em uma discussão com o Short Page, e saiu a procura da moça, encontra-a. Por um momento quis desistir, aquele olho no olho a incomodava, mas lembra-se do livro, desistir era para os fracos. Page contou sua versão da história e foi bastante convincente. Ofereceu a investigadora uma bala, o mesmo embrulho que aparecera no bolso da vítima. “O mundo está cheio de coisas óbvias, mas ninguém observa!”
Acorda num pulo. Que sonho maluco. Virou para o outro lado e voltou a dormir abraçado ao livro que tanto a envolveu.
Dáfiny Fernandes Souza- 9ºano Escola Monsenhor Angelino

Sob orientação da professora Cristyane B. Leal







Nenhum comentário:

Postar um comentário