Narciso
era um belo rapaz, filho do deus do rio Céfiso e da ninfa Liríope. Por
acasião de seu nascimento, seus pais consultaram o oráculo Tirésias para
saber qual seria o destino do menino. A resposta foi que ele teria uma
longa vida, se nunca visse a própria face.
Muitas moças e
ninfas apaixonaram-se por Narciso, quando ele chegou à idade adulta.
Porém, o belo jovem não se interessava por nenhuma delas. A ninfa Eco,
uma das mais apaixonadas, não se conformou com a indiferença de Narciso e
afastou-se amargurada para um lugar deserto, onde definhou até que
somente restaram dela os gemidos. As moças desprezadas pediram aos
deuses para vingá-las.
Nêmesis apiedou-se delas e induziu
Narciso, depois de uma caçada num dia muito quente, a debruçar-se numa
fonte para beber água. Descuidando-se de tudo o mais, ele permaneceu
imóvel na contemplação ininterrupta de sua face refletida e assim
morreu. No próprio Hades ele tentava ver nas águas do Estige as feições
pelas quais se apaixonara.
(Irene
Machado. Literatura e redação. São Paulo: Scipione, 1994, p. 142-3.
Resumo da autora a partir do Dicionário de mitologia grega e romana, de
Mário da Gama Kury.)
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